Estou bonzinho hoje...
Vou publicar a introdução de um dos contos, a Ira do Morto, confiram:
Com um andar claudicante que denota uma perna mecânica, Manoel segue a rua deserta Capão Redondo. O bairro é conhecido por sua violência que já chegou em números alarmantes há um bom tempo atrás. Porém para Manoel tudo está tranquilo, afinal ele deve ser temido nessas ruas.
Desde pequeno ele está acostumado a pequenos golpes, quando cresceu viveu o auge pilantragem, mas decaiu quando perdeu a perna. Hoje ele recebe uma aposentadoria e complementa sua renda com pequenos engodos.
Com dificuldade, desce a rua escura e amendrontadora, logo atrás dele um Opala de cor indefinível, muito por culpa da ação do tempo, é guiado por um jovem com muito álcool em seu sangue e uma prostituta entre suas pernas. O barulho da lataria do carro se chocando contra a perna mecânica é ouvido de longe pelos moradores. Manoel cai inconsciente no chão enquanto o motorista foge depois de perceber o que fez.
Caído no chão sem conseguir se levantar, Manoel tenta reunir suas forças quando ouve um barulho alto de motor antigo. Vira a sua cabeça e enxerga um caminhão de lixo com os faróis apagados vindo em sua direção. Suas últimas palavras não chegaram a sair de sua garganta, seu último som produzido foi de seu crânio sendo esmagado pelo pneu do caminhão.
Gostaram? Não? Comenta então!
Legal a descrição do acidente, no caso, os dois últimos parágrafos; os dois primeiros parágrafos são tão amplos, em relação a vida do personagem, que mais parece que é uma notícia de tv: mais foco no acidente do que na pessoa. Se a intenção era essa, bem, mas se era aproximar o leitor do personagem, falhou um pouco.
ResponderExcluir